quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O príncipe dos pintores morreu de dor de amor?



Confesso que após falar sobre as obras de Leonardo da Vinci e Michelangelo, eu me senti desanimada para falar de Rafael, queria passar logo para o Renascimento Nórdico.
O que me deteve (ainda bem) foi saber da morte prematura do pintor, aos 37 anos, segundo o biógrafo Vasari, a causa foi excesso de amor.
Rafael nunca se casou, ainda que algumas fontes afirmem que em 1514 ele estava noivo de Maria Bibbiena, sobrinha de um cardeal, mas o noivado terminou devido à morte prematura da jovem.
Talvez o sofrimento no amor tenha contribuído para que Rafael se tornasse um artista de grande sucesso ainda muito jovem. Um dos quadros dele de que eu gosto é “O Triunfo e Galateia”.
No quadro Galateia foge do seu admirador Polifermo, um ciclope, numa fantástica carruagem de conchas puxada por golfinhos. Ela corre para o seu amado Ácis.
Contam que o tema foi escolhido pelo patrono de Rafael, Agostino Chigi, que tinha esperanças de se casar com Margherita Gonzaga, mas cuja proposta estava sendo rejeitada.
Na pintura de Rafael Galateia ignora as flechas disparadas pelos cupidos em sua direção, olhando apenas para o Cupido cujas flechas permanecem guardadas. Esse  Cupido representa o amor platônico.
A morte prematura do pintor reforçou a aura mística que rodeava sua figura. Admirado pela aristocracia e pela corte papal, que o viam como o "príncipe dos pintores", foi encarregado pelo Papa Júlio II de decorar com afrescos as salas do Vaticano hoje conhecidas como as stanze de Jesus Cristo.

Rafael morreu em Roma no seu aniversário acometido por uma febre após um encontro à meia-noite (mistério...), e foi profundamente lamentado por todos aqueles que reconheciam sua grandeza.
Seu corpo repousou por um certo tempo em uma das salas na qual ele havia demonstrado sua genialidade e foi honrado com um funeral público, hoje está enterrado no Panteão de Roma, o mais honorável mausoléu na Itália, atendendo seu próprio pedido.

Em sua tumba foi colocada uma frase de Pietro Bembo em latim que diz: "Aqui jaz Rafael, que fez temer à Natureza por si fosse derrotada, em sua vida, e, uma vez morto, que morresse consigo".

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