sexta-feira, 5 de abril de 2013

Você conhece o Museu da Casa Brasileira, em São Paulo?

AMÉRICA DOSUL
 
Brasil - São Paulo'
 
 
Eu assisti uma matéria na TV e estava ansiosa para ir até lá.
E foi isso o que eu fiz no último final de semana.
A entrada impõe respeito. Um casario branco, arquitetura dos anos 40, cercado por um muro bem alto. Veja só que lustre magnifíco!




 
 
No dia da visita, estava ocorrendo exposição “Giugiaro: 45 anos de design italiano”. A mostra, que conta com o patrocínio da Volkswagen do Brasil, apresenta o trabalho de Giorgetto Giugiaro e Fabrizio Giugiaro, duas gerações de designers unidas na paixão pela forma de objetos únicos, que sintetizam beleza e funcionalidade.
Logo chamou a minha atenção algumas máquinas mortíferas, carros que pareciam vindos do futuro distante, muito bonitos e modernos.


A família Giugiaro é famosa por seu trabalho realizado para a indústria automobilística.
Na entrada também tinha uma estante com diversos objetos criados pela dupla, que dominava outras cinco salas, com projetos icônicos criados por eles, como a máquina de café expresso Emblema, para a Faema; a bola de basquete GL7, para a Molten; a máquina de costura Logica, para a Necchi; a garrafa de água S. Bernardo Gocce, para Sanpellegrino Nestlé; a lavadora Moon, para a Indesit; a luminária Mantis, para a Bilumen; a mala Capsula, para a ACE; e a massa Marille, para a Voiello.
Poltrona Mole - Design Sérgio Rodrigues
 
Poltrona Diz - Design Sérgio Rodrigues
 
Adorei esse boom de modernidade, mas estava mesmo interessada no acervo fixo do Museu, móveis e utensílios da casa brasileira dos séculos XVII ao XXI, como a Poltrona Mole e Poltrona Diz, de Sérgio Rodrigues (1957); Cadeira Paulistano, de Sérgio Mendes da Rocha (1957) e a Poltrona Girafa, de Lina Bo Bardi (1987).
Cadeira Paulistano - Design Sérgio Mendes da Rocha
 
Cadeira Girafa - Design Lina Bo Bardi
Também fiquei encantada com as cadeiras com referenciais medievais, orientais, ricamente entalhadas.


Encontrei até um baú, do século 19, usado para guardar objetos e roupas, que era originário de São Sebastião, isso mesmo, de nossa linda e histórica cidade.

E veja que interessante essa meia- cômoda com botas que calçam os pés do móvel, criada na França, por volta de 1700.


Esse móvel eu também achei um barato porque tem múltiplas utilidades, aberto transforma-se com cama e cômoda, penteadeira, escrivaninha, banquinho e ainda nichos para guardar objetos. Reza a lenda que foi feito para trabalhadores de circo, que viviam em ambientes reduzidos.
 
 
A exposição “A Casa e a Cidade – Coleção Crespi-Prado”, que revela o cotidiano do casal que morou na casa no início do século XX, Fábio Prado e Renata Crespi, também vale é esclarecedora.
Ali estão expostas algumas obras de arte que pertenceram ao casal, como quadros de Portinari e Di Cavalcanti, parte de um conjunto de copos de cristal.


Segundo a família Crespi, existem apenas outros três conjuntos como esse no mundo, sendo que um deles pertence a um xá da Pérsia.
Os móveis da sala, a coleção de pratos de porcelanas e fotos e mais fotos, inclusive matérias publicadas sobre o casal, famoso pelas recepções fantásticas. Por ali, passaram políticos, artistas e toda a nata da sociedade.

Vale ficar sempre de olho na programação no site do Museu. A instituição organiza concertos nas manhãs de domingos, e você estiver por lá pode aproveitar para começar o dia em grande estilo! A entrada no domingo é gratuita.
Ali você encontrará um charmoso restaurante, com mesinhas em um deck no jardim, que serve tortas e bolos deliciosos. (Não esqueça de reservar a mesa para o almoço).
E além de poder aproveitar todo esse espaço tão raro em São Paulo, você pode ver o museu de outra forma: em uma visita noturna!
O museu abre as portas das 18h às 22h (entrada gratuita) duas vezes por mês, quinzenalmente às quartas feiras.
Para participar você pode se inscrever (gratuitamente) pelo telefone (11) 3032.3727 ou pelo e-mail agendamento@mcb.org.br.
É um passeio rápido e enriquecedor. Uma dica para quem procura um pouco de beleza e história na capital.

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