sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Provence – Construções Medievais e Lenda Cigana

EUROPA
França - Provence
Les-Baux-de-Provence/ Arles/ Saintes Maries de La Mer/Aix-en-Provence

Após conhecer os campos de lavanda, começamos a viagem rumo à Gorges Du Verdon, o canyon considerado o mais bonito da Europa.





A nossa primeira parada foi no vilarejo de Les-Baux-de-Provence. É um maciço rochoso de paredes muito íngremes, com alguns museus, lojas charmosas, cafés, restaurantes e o forte que fica na parte mais alta da montanha.


Les Baux foi o cenário de lutas que deixaram do vilarejo em ruínas. Atualmente, as terras pertencem ao príncipe Albert de Mônaco, descendente de Grimaldi.


A dica é chegar cedo, pois o estacionamento é difícil. Deixamos o carro na estrada e seguimos até o vilarejo a pé. Eu li que a vista do vale de rochas, conhecido como Vale do Inferno, serviu de inspiração para Dante Alighieri no livro "Divina Comédia".


De lá seguimos direto para Arles. Van Gogh pintou mais de 200 quadros nesta cidade, inclusive “Os Girassóis”, “Terraço do Café em Arles a Noite” e foi onde cortou parte da orelha após um desentendimento com Gaugin.


 A cidade que tanto impressionou o pintor pelas paisagens guarda resquícios do Império Romano, quando conhecida como Arelate. Ali estão lá o anfiteatro, teatro e um cemitério.


Saímos de Arles rumo à cidade dos ciganos, como é conhecida Saintes Maries de La Mer. Finalmente, chegamos ao mar!



  Conta à lenda que, depois da crucificação de Jesus Cristo, Maria Jacobina, Maria Madalena, Maria Salomé, fugindo da Palestina e acompanhadas por outros personagens bíblicos, como José de Arimateia, teriam embarcado em Alexandria em um pequeno bote.


Elas foram abandonadas à própria sorte, deixadas à deriva no meio do Mar Mediterrâneo, sem remos, velas ou mantimentos. Levadas pela força do mar, elas acabaram chegando à atual costa francesa, numa região que seria habitada por devotos do deus egípcio Rá, o deus do sol. O grupo teria se espalhado por outras cidades da França, mas Maria Jacobina e Maria Salomé ficaram ali, na companhia de sua criada, Sara, que acabou se tornando Santa Sara, a padroeira dos ciganos.
Hoje, a bonita igreja fortificada que resistiu a muitos ataques de piratas guarda as relíquias das três mulheres: as Marias, no interior, junto ao altar, e Santa Sara, na cripta.


Com muitas lojinhas de artigos religiosos e produtos típicos, a área central de Saintes-Maries pode ser visitada em um único dia.


Saímos de lá e chegamos a Aix-en-Provence, que significa “Águas na Provença”, no final da tarde. Passeamos pela avenida Mirabeaux, onde estava tendo uma feira de artesanatos, me encantei com os sabonetes.


Nesta avenida fica uma linda fonte de água e diversos cafés e restaurantes. Nós aproveitamos para provar um prato típico da cidade, o aioli provençal.
O tempo em que ficamos nesta cidade foi muito curto, gostaria de ter feito o caminho percorrido pelo seu ilustre morador, o pintor Cézanne.


O nosso dia terminou na cidade portuária de Marselha, a segunda cidade mais populosa da França, mas isto eu conto no próximo post.  

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