terça-feira, 9 de agosto de 2016

Viagem a Foz do Iguaçu, porque não?




Mais de 12 horas de viagem de carro até Foz do Iguaçu, cerca de 2.500 km rodados, tempo suficiente para pensar, conversar, meditar, cansar, entediar e sonhar e, então, acordar para começar tudo outra vez, ou melhor, muitas outras vezes.
No som do carro o sertanejo universitário, preferido na época pelas crianças (hoje adolescentes, quase adultos, aposto que não devem se lembrar disso, mas a mãe não esquece, rsrs) tocava sem parar.
Pelo menos a música nos ajudava esquecer um pouco do cansaço das horas passadas na estrada. Isso e os fast food. O carro foi invadido por Batata Rufles e coca- cola. 
Socorro! Só que não. Apesar de tudo e tudo mesmo, foi uma das viagens mais bacanas que nós fizemos em família. 

Apesar de ser um dos lugares mais lindos do Brasil, a viagem a Foz do Iguaçu está longe de ser a mais popular entre os brasileiros.
Nós viajamos para Foz do Iguaçu no mês de julho, época de seca, quando dizem que as quedas d’água jorram menos água. Mas, quer saber? Eu nem percebi isso. Pra mim, tinha água pra caramba e estava tudo lindo.

Em julho, faz muito frio. Por causa disso, nós deixamos de fazer alguns passeios no Parque das Cataratas, como o popular Macuco, que leva os visitantes de barco bem pertinho das quedas d’ água.
Existem várias opções de hospedagem, inclusive dentro do parque, nós ficamos hospedados no Hotel Viale Tower, moderno e bem localizado.
Eu não cheguei a ir ao Parque das Cataratas que fica do lado argentino e o motivo é que, de última hora, nós decidimos levar conosco o nosso sobrinho, mas nós esquecemos que para atravessarmos a aduana, por ele ser menor de idade e estar desacompanhado dos seus pais, teríamos que apresentar uma autorização original com firmas reconhecidas em cartório, com "prazo de validade" e destino da viagem. 
Para que você não tenha nenhum problema ao atravessar as fronteiras com o Paraguai ou Argentina, CLIQUE AQUI e veja todos os documentos que deverá apresentar e algumas informações úteis, como: seguro carta verde, o fuso horário, voltagem, códigos internacionais de ligação telefônica, clima e outros. 


Do lado brasileiro, o Parque das Cataratas é um exemplo de organização — e acabou se tornando uma espécie de polo de ecoturismo, mas não se preocupe se não estiver em plena forma porque é tudo bem tranquilo.
Nós deixamos o carro no estacionamento do centro de visitantes e pegamos o ônibus interno do parque.
Quando descemos do ônibus e começamos a fazer a trilha para conhecer as quedas d’ água encontramos com um grupo de quatis.
Aviso importante: Eles são super atrevidos e vasculham as bolsas e as lixeiras.
Se você tiver com saquinho de salgadinho, pode ser surpreendido por eles de uma forma nada delicada. Eles avançam mesmo.
Por isso, guarde os alimentos na mochila e, antes de iniciar o passeio, veja se o zíper está bem fechado. Ah! E jamais alimente os quatis.
A cada três dias um turista é mordido por esse bichinho. O mau hábito dos visitantes em alimentar o animal faz com que os quatis fiquem agressivos e obesos.


Durante a trilha, você vai ver várias quedas d’água, uma mais linda do que a outra, com vários mirantes para tirar belas fotos.
O percurso termina na Garganta do Diabo. Para chegar até lá, basta descer por uma passarela que se estende pelas águas do rio. Prepare-se para se molhar.
Como o tempo estava frio, nós compramos capas de chuva, daquelas bem fininhas, que são vendidas no parque, mas que não duram nada, só é útil mesmo enquanto durar o passeio.
Depois de ir até a Garganta do Diabo, nós subimos o elevador até o Mirantão, onde também tem uma lojinha de souvenier.
O percurso é super fácil e rápido.
Se você está a procura de aventuras, existem alguns passeios complementares que podem ser feitos no Parque das Cataratas, o mais famoso é o Macuco, um passeio de barco até a base de cataratas secundárias. 


Ainda há outros passeios guiados dentro do parque: a Trilha do Poço Preto (que termina com um passeio de caiaque numa parte segura e calminha do rio Iguaçu), a Trilha das Bananeiras (também com caiaque no final) e o Cânion Iguaçu (onde há ratfing, tirolesa, arvorismo e rapel).
Logo em frente ao Parque das Cataratas, estão localizadas outras duas atrações: o Parque das Aves e o passeio de helicóptero. (Ainda na mesma estrada, mas um pouco antes, encontra-se um parque aquático). 


Nós visitamos o Parque das Aves e adoramos. Lá é possível chegar bem pertinho de algumas aves exóticas e raras. São mais de 1020 aves, abrangendo cerca de 150 espécies diferentes.   


Dá para fazer pose ao lado de um tucano e entrar na gaiola das araras, o que em minha opinião foram os pontos altos do passeio. 

Outro passeio imperdível é a visita Itaipu Binacional, a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta. Existem vários tipos de passeios. 


Nós fizemos a visita panorâmica, com duração de 1h30. Como o nome já diz, permite a visão panorâmica da usina, a partir do mirante central, de onde se observa em destaque a barragem e o vertedouro. 


A visita é feita em ônibus da Itaipu (para visitantes particulares) ou em ônibus de turismo, para quem fizer parte de excursões. Antes da saída é exibido um documentário sobre Itaipu. 


Se você viajar para Foz do Iguaçu, provavelmente vai querer dar uma escapadinha para fazer compras no Paraguai, uma dica é ir durante a semana. As lojas fecham cedo no sábado e não abrem no domingo. 


Outro lugar que vale a pena conhecer é Puerto Iguazú, na Argentina. Lá tem um Duty Free bem grande, com praça de alimentação, mas o que eu gostei mesmo foi de passear pelo centro da cidade.
A rua principal de lojas se chama Avenida Brasil, onde tem muitas lojinhas de roupas de couro e também de produtos de beleza de marcas conhecidas com preços tentadores. 


Quanto estiver lá aproveite para experimentar a culinária local e comprar artesanatos e lembrancinhas, existem várias opções.
Como pode perceber a viagem a Foz do Iguaçu vai muito além da visita as Cataratas. É uma boa oportunidade para conhecer outros dois países vizinhos e viver novas experiências gastronômicas e culturais.

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