quarta-feira, 6 de junho de 2018

2 dias na Dinamarca - o país dos cenários de contos de fadas


Quando eu viajo adoro visitar os locais turísticos, mas também reservo um tempo para observar os costumes dos moradores locais. Muitas vezes abro mão de conhecer um castelo para fazer um piquenique no parque ou assistir uma apresentação de rua.
É o jeito que eu encontro para vivenciar o máximo da cidade em tão pouco tempo. Monumentos são interessantes, mas eu gosto muita mais de gente. Se você também pensa dessa forma, esse roteiro é feito para você.




Nós ficamos dois dias na Dinamarca. No primeiro dia, nós conhecemos a capital do país, Copenhague.  Era o início do mês de abril, começo da primavera. Após um longo período de frio (e lá é frio de gelar a alma!), finalmente, o sol tinha reaparecido e o clima era de alegria.
O nosso passeio em Copenhague começou com uma caminhada até o Palácio de Amalienborg, a residência oficial de inverno da família real dinamarquesa, na cidade de Copenhague.

A bandeira hasteada significa que a rainha está em casa!

No fundo, a estátua equestre do rei Frederico V, o fundador de Amalienborg
A monarquia da Dinamarca é a mais antiga da Europa, sua linhagem começa no século X, com os reis viquingues Gormo, o Velho e Haroldo Dente-Azul.
O palácio é na verdade um complexo, formado por quatro prédios de exteriores idênticos dispostos ao redor de uma praça octogonal, onde no centro está localizada uma estátua equestre do rei Frederico V, o fundador de Amalienborg.
Uma amiga que mora lá me contou que os moradores de Copenhague tem um grande respeito pelos monarcas. Na virada do novo, milhares de pessoas se reúnem em frente ao palácio para ouvir o pronunciamento da rainha Margarida II e só depois começam as comemorações.





No Palácio de Amalienborg, por volta das 12h00, acontece a troca da guarda. A cerimônia dura cerca de 15 minutos e, claro, tudo muito organizado. 
Os guardas estavam vestidos formalmente, sérios, afinal estão trabalhando e não curtindo férias como nós.


Mas, depois que terminou a cerimônia, alguns deles saíram tocando instrumentos musicais pela cidade, como se fosse uma banda da guarda. Não sei se acontece isso todos os dias ou se demos sorte.
Depois de assistirmos a troca da guarda, nós seguimos em direção a Igreja de Mármore, que possui o maior dono das igrejas da Escandinávia.


No pórtico do templo está gravada a inscrição: HERRENS ORD BLIVER EVINDELIG, que significa “Mas a palavra do Senhor permanece para sempre”.



Ela começou a ser construída em 1740, pelo arquiteto Nicolai Eigtved, que morreu em 1754. As obras foram paralisadas por 150 anos. A igreja atual foi inaugurada e 19 de agosto de 1894.
Depois de conhecer a igreja, caminhamos pela orla até Nyhavn, um dos pontos turísticos mais populares da cidade.


É um passeio agradável para fazer em um lindo dia de sol. Durante a caminhada, pude admirar o moderníssimo prédio da Filarmônica de Copenhague. 
Nyhavn é o cartão postal de Copenhague. Ao redor de um pequeno porto, ficam as casinhas coloridas, com arquitetura histórica do século 17, que hoje abrigam restaurantes e tavernas.


É um centrinho movimentado, aonde os turistas e os moradores vão encontrar os amigos para tomar cerveja à beira do mar, namorar e, se for guloso como eu, comer churros!


O lugar ganha um charme a mais por causa das embarcações clássicas, que tomam conta do canal de Nyhavn. Elas estão lá desde 1977 e pertencem ao Museu Nacional da Dinamarca.

Os cadeados dos apaixonados
Aliás, aproveite enquanto estiver lá para fazer um passeio de barco pelo canal para ter uma visão diferente de Copenhague.  Eu fiz e adorei.

Os prédios vistos do mar
Museu de Copenhague
  

As pontes são super baixas. É preciso ficar atento para não bater a cabeça. 
Também chama a atenção, em Nyhavn, a âncora memorial, localizada no fim do porto. Ela é um monumento nacional em homenagem aos 1.700 soldados dinamarqueses que perderam suas vidas durante a II Guerra Mundial.


Se você é fã da história da Pequena Sereia, essa é a hora de visitar a escultura inspirada neste conto de fadas escrito pelo escritor dinamarquês, Hans Christian Andersen.


Depois de explorar esta região, nós seguimos para a praça principal, Kongens Nytorv ou a Nova Praça do Rei.
Ao redor da praça estão alguns dos mais importantes e icônicos edifícios da Dinamarca, como a Casa de Ópera e o “Hotel d’Angleterre”.


Os dinamarqueses não têm o hábito de almoçar como nós, brasileiros. Na hora do almoço, eles preferem comer um lanche rápido. Aliás, acho que em muitos países da Europa é assim.
Eles deixam a melhor refeição para a noite, quando preparam o jantar e se reúnem com a família, à luz de velas, claro!
Nas ruas de Copenhague existem muitos carrinhos vendendo cachorro quente, que consiste apenas em pão branco, uma salsicha, ketchup e mostarda ou maionese e só.


Mas, o sanduiche dinamarquês mais famoso é chamado de smørrebrød, feito com pão de centeio (um pouco duro, mas gostoso), manteiga cremosa, muita salada e proteína, no meu caso, optei por salmão defumado.
Com os nossos smørrebrøds nas mãos fomos fazer um piquenique no jardim do Castelo de Rosemborg, construído para ser a casa de veraneio da família real.


O jardim é realmente bonito, cheio de árvores e flores. No meio, tem um espaço para descanso e leitura. O escritor Hans Christian Andersen adorava frequentar esse jardim, onde buscava inspiração para as suas histórias.


Como a maioria dos castelos, esse também é rodeado por um lago. Ao lado dele, tem uma horta, que forma uma espécie de labirinto.


No castelo estão guardadas as joias da monarquia, mas eu não consegui ver. Cheguei tarde ao castelo e o horário da visita já tinha terminado.


Depois do piquenique e do passeio pelo jardim do castelo, nós seguimos para a movimentada e super chique Avenida Stroget, cheia de lojas bacanas de roupa e design, cafés e restaurantes.


Uma banda se apresentava na rua, muitos jovens estavam reunidos em torno da principal fonte curtindo o dia de sol.


Na caminhada até o Tivole Gardens, nós passamos em frente da Kobenhavns Radhus, a praça que abriga o prédio da prefeitura, uma das áreas mais movimentadas da cidade.


O Tivoli Gardens em Copenhagen é o segundo parque de diversões mais antigo do mundo, mas não pense que isso significa que os brinquedos também são antigos.


O parque tem brinquedos divertidos para crianças e também para aqueles que gostam de atividades mais radicais. É, sem dúvida, um lugar encantador. A decoração é impecável, tem muitos restaurantes, cafés e lojas de doces.





Enquanto eu estive lá, experimentei as balas de alcaçuz que os dinamarqueses adoram e chamam de lakrids. Sinceramente, não gostei.
O Tivoli Gardens é um local para encerrar um dia maravilhoso em Copenhague.



A gente vai embora com a certeza de ter, por algumas horas, num de cenários dos contos de fadas, uma lembrança que guardarei para sempre.

No próximo post eu vou contar como foi o nosso segundo dia na Dinamarca, quando alugamos um carro e seguimos em direção a Helsingør para atravessarmos para a Suécia, com parada para conhecer o Museu de Arte Moderna de Louisiana, na cidade de Humlebæk, e Castelo de Kronborg, que ficou famoso por ser o cenário da história de Hamlet, um dos personagens William Shakespeare.

Nenhum comentário:

Postar um comentário