domingo, 5 de maio de 2019

Um passeio pela história do Peru


Lima foi fundada por Francisco Pizarro, em 1535, com o nome em espanhol de Ciudad de los Reyes (Cidade dos Reis). No entanto, com o tempo persistiu seu nome original, que vem provavelmente do idioma aimará (lima-limaq, ou flor amarela) ou do quíchua, por causa de seu rio Rímac.
O Centro Histórico de Lima é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, desde 1991, e vale a pena reservar uma manhã para caminhar sem pressa por suas ruas.


Observe as sacadas de madeira fechadas, os famosos "balcões" são construções da época do domínio espanhol.
Uma dica: Na frente da Igreja Matriz contrate o serviço de um guia local porque tornará o passeio muito mais rico e interessante.
Nosso passeio pelo Centro Histórico começou pela Plaza Mayor, onde na parte central destaca-se uma fonte de bronze do século XVII, ao redor está a Catedral, o Palácio do Governo, Palácio do Arcebispo e a Prefeitura.


Nós compramos o boleto integral (30,00 soles), válido por 30 dias, que incluía entrada para Catedral de Lima, Templo del Triunfo, Templo de la Sagrada Família, Templo de San Blas e Templo de San Cristóbal. Não chegamos a conhecer todos esses lugares e ainda tivemos que pagar para entrar nos Conventos São Francisco e Santo Domingo. Por isso, é bom analisar se realmente vale a pena.


A nossa primeira parada foi na Catedral e Museu de Arte Religioso de Lima.


Nas paredes laterais há 16 capelas, uma delas - a primeira do lado direito - guarda os restos mortais de Don Francisco Pizarro, fundador da cidade.


Na igreja fica a cripta da Capela de Nossa Senhora da Candelária que foi descoberta, em maio de 2011, durante o trabalho de restauração do piso da igreja.


Lá foram encontrados os corpos de 43 adultos e 27 crianças, distribuídos em 5 tumbas coletivas.


Durante o passeio na igreja, chegamos ao Museu de Arte Religiosa, aberto nos anos 70, formado com objetos litúrgicos. Eu gostaria de ter visto o "sacrário de ouro", uma peça magnífica, mas descobri que fica guardado na capela ao lado da Matriz, que só estaria aberta após às 17h00. Até pensei em voltar outro dia, mas não consegui.


Próxima parada foi na Casa da Literatura Peruana, localizada em uma antiga estação de trem, um lugar para conhecer as obras dos artistas e escritores do país.


Neste lugar tem um simpático café , salas de exposição e a Biblioteca “Mario Vargas Llosa”, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura.


Aliás, se você é fã do escritor, saiba que existe um roteiro turístico que leva para conhecer alguns dos lugares citados em seus livros.


Um deles, o Bar Cordano, fica logo em frente a Casa da Literatura. É o mais antigo em funcionamento na capital, aberto em 1905.


Seguimos para o Convento de São Francisco, conhecido como Igreja das Catacumbas. Não estava incluído no nosso Boleto Turístico, a entrada custou 15,00 soles.


Durante a visita, três coisas me chamaram atenção. Uma delas, a antiga Biblioteca, com mais de 25 mil volumes e mais de 6 mil pergaminhos.
A segunda foi o Quadro da Santa Ceia, que fica no fundo do refeitório e apresenta elementos da cultura peruana, tendo o cuy como um prato principal e a mesa é oval ao invés da quadrada.
No entanto, o lugar mais impressionante fica no subsolo e são as catacumbas.


São diversos corredores que se interligam, um caminho estreito e com teto baixo, cercado por esqueletos humanos.
Há também poços feitos com ossos que foram projetados para absorver ondas sísmicas e possuem uma profundidade de dez metros. É uma imagem difícil de esquecer.
De lá seguimos para o Convento de Santo Domingo de Lima (20,00 soles).


Novamente destaco a Biblioteca, um lugar meio sinistro, que parece ter saído de um filme.


Outro lugar que achei interessante foi a sala que abrigou o auditório da primeira universidade do continente americano, a Universidade Maior de São Marcos, fundada em 1551.
Também destaco a cripta de Santa Rosa de Lima, por onde entramos através de uma portinha baixa e estreita.



Ali já foi um cemitério para os frades franciscos e por um buraco dá para ver algumas caveiras e ossos. Antes de irmos embora, subimos até a torre do convento para avistar o cidade de Lima.


Vista do "Damero de Pizarro", olhando de cima não achei tão bonito.



Vista claustro do convento de Santo Domingo. 


Na minha opinião, o mais interessante foi ver morro onde, no passado, se escondiam os membros do  Sendero Luminoso e de outro grupo rebelde, o Movimento Revolucionário Tupac Amaru, que promoveram uma série de atentados em Lima.

Observe o rio Rímac, que atravessa o Centro Histórico de Lima
Foi muito difícil selecionar as fotos para esse post. O centro da capital peruana é muito bonito e possui mais de 600 monumentos históricos. No entanto, também gostaria de ter mostrado mais o interior do Convento São Francisco e se não fiz é porque era proibido fotografar. 

Quando eu viajo gosto muito de conhecer a história do país e você? 




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