quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Imperfeita, mais que perfeita


Me despedi de 2019 do mesmo jeito que sobrevivi a ele: totalmente confusa. 
Confesso que a festa foi boa.
Acordei com uma baita ressaca moral, que colocou um fim à minha carreira de degustadora de vinhos. Eu gostei demais para levá- la a sério.
Aliás, quem se leva a sério depois dos 40 anos só pode ser um tremendo babaca.

Pensar assim, quando se é jovem vá lá..., mas depois de tanto tempo convivendo com sua própria mediocridade e  idiotice é impossível alguém ainda se levar a sério.

Bem, impossível não é. 
Olhe ao redor e veja número de babacas que existem no mundo 
2019 foi o ano deles!

Eu convivi com muitos tipos assim, mas não cheguei a conhecê-los de verdade.
Aprendi a detectá-los de longe. 
Eles tem tanto medo de olhar para dentro de si e confessar seus erros, seus medos e o quanto estão perdidos que acabavam deixando muitos sinais. 

Não bebem. Não são esquisitos. Não falam antes de pensar. São humanos desumanos.

Há vários tipos bizarros de pessoas, mas aqueles que se levam à sério são os mais engraçados.

Lembra quantas besteira você já fez, sem querer fazer? Quanta merda já falou, sem querer falar? 

Eu, graças a Deus, não me lembro de tudo, mas do que me recordo é suficiente para eu não me levar tão a sério.  

Por falar em merda...

Aos 40, para reforçar o conceito de que somos todos hilários, percebemos que não somos controlados pelo nosso cérebro, mas pelo intestino.

Se você não chegou nesta fase, ainda bem. Só não se anime demais, essa hora vai chegar.

Quem já está ou passou dessa idade, sabe do que estou falando.

Se o intestino funciona, a vida é bela.
Caso contrário, perdemos o controle sobre nós mesmos. Inchamos, soltamos gases, a pele fica feia, dói as costas e por aí vai...

Sabendo disso, como alguém em sã consciência pode se levar a sério? Eu custo a entender. 

Na hora H, a verdade é uma só: gente é gente e faz o que pode.

Desculpe estar falando sobre um assunto tão anti- higiênico, a ideia não é ofender ou agredir.
As vezes, a realidade - assim como nós - é feita de feiuras, mau cheiros e mancadas inomináveis. 

Terminei o ano de 2019 na maior ressaca moral, como eu já disse.

Diga uma coisa: - Você entendeu o que aconteceu com a gente em 2019?
Só para mim que o ano passou como uma coceira incômoda e chatinha? 

Contraí alergia aos babacas.
Era só eu chegar perto, sentir o cheiro de naftalina que saía de suas bocas quando ditavam as regras de bons costumes para a coceira começar.

Eu me cocei por dentro. 

Mas, em 2020 já vou estar preparada para eles, não me pegarão de surpresa e me afastarei antes que a alergia recomece.

Ah! Esqueci de uma coisa. Se você viveu 2019 e consegue explica- lo, você é um babaca.

Se você não sabia disso, agora já sabe.

2 comentários:

  1. Dani, minha linda! Eu me surpreendo com seus textos sempre. Sei que a Dani de 2020 será mais empoderada e vem renovada. Feliz Ano pra vc. Sua fã Cidinha.

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  2. Obrigada, amiga linda! Um ótimo 2020 para você ��

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