segunda-feira, 30 de maio de 2016

Sri Lanka: sentindo-me em casa


Por Valéria Souza Ramos


Hoje te levarei para dar um pulinho num país tropical, asiático e encantador. Faço uma pausa nos meus relatos sobre o Oriente Médio, mas logo voltarei com mais posts sobre o deserto.
Como sempre fazemos nos últimos anos, a cada aniversário meu ou do meu marido, viajamos juntos. Optamos por nos presentear com viagens, pois é uma maneira de nos enriquecer culturalmente e, ao mesmo tempo, celebrarmos juntos mais um ano de vida. Assim, aproveitamos para curtir um tempo juntos e para lapidar nosso relacionamento que às vezes pede uma novidade, como qualquer outro. Nada como repor energias em um lugar “novo”, ao menos aos nossos olhos.
Como iniciativa deste pacto, viajamos para o Marrocos e visitamos a cidade de Tânger. Foi maravilhoso este primeiro contato com o Oriente. Desta vez escolhemos o Sri Lanka, um país tropical e que poderia nos remeter, ao menos pelo clima, ao nosso querido Brasil. Foi uma viagem mágica e bem tranquila. Realmente relaxei e vivi cada momento, e o que é melhor, sem nenhum conflito com o companheiro. Estávamos os dois recarregando as baterias para mais um período na Sandlândia, a região desértica da Arábia em que vivemos e onde não podemos nos permitir muitas coisas que nos agradam.




O Sri Lanka é conhecido em português como Ceilão, uma ilha asiática vizinha da Índia. É um lugar mágico que proporciona aos turistas muita diversidade por suas praias douradas e montanhas enevoadas, por favorecer aos esportes de aventura, pela vida selvagem e pelos festivais culturais. Para meu prazer, também há muitos spas ayurvédicos, pois o país é considerado referência das medicinas ayurvédica que eu respeito muito.
Apesar de sairmos da Arábia com planos de viajar de trem e de ônibus pelo Sri Lanka, meu marido afinal alugou um carro com motorista e fechou um pacote com hotéis em uma agência dentro do aeroporto. Sabíamos que corríamos o risco de nos decepcionar, mas felizmente saiu tudo melhor do que o esperado.
O motorista nos conduziu aos lugares turísticos que pretendíamos conhecer. Nos hospedamos sempre em hotéis 4 estrelas e tivemos o conforto de não nos cansar dirigindo ou procurando caminhos. Tudo por um preço razoável, se comparado ao turismo europeu ou a viagens parecidas. Mesmo no Brasil, tenho percebido que a cada ano fica mais caro fazer uma viagem agradável. No Sri Lanka você pode encontrar hotéis de alto nível de frente para o Oceano Índico com café da manhã por 50 dólares, mas sem a agitação da Europa e da América do Sul, é claro!


No primeiro dia nos hospedamos em Negombo e saímos para visitar as praias ao redor. O vento soprava forte, mas a temperatura era agradável. Meu marido ficou encantado com os mercados de peixe à beira-mar, passou umas três horas fotografando, enquanto eu tirava um cochilo no carro e fugia dos cheiros fortes dos peixes secando ao sol, como se pode imaginar só de ver a foto.

Este pequeno carro é o tuk-tuk, o meio de locomoção mais usado no Sri Lanka, acho que na Índia também. E possível vê-lo transportando uma família de 10 pessoas, quase tombando pelas barulhentas e agitadas ruas das cidadezinhas e até nas rodovias.


Por toda parte encontrei barracas de frutas, camelôs e muitos mercados abertos, que me faziam recordar o Brasil. Como tinha saído da Arábia, onde não encontramos muitas frutas frescas, nos deliciamos em cada parada das viagens com as frutas tropicais. Há vários tipos de bananas, mangas, abacates, goiabas, mamões e algumas outras muito saborosas que não conhecíamos como a dragon fruit e o mangust. Também é um país com grandes plantações de chá e arroz. O Sri Lanka exporta a maioria de seus conceituados chás para a Inglaterra.



Jetwing: um spa maravilhoso!
Visitamos um jardim de ervas medicinais, um mundo fascinante para os amantes das medicinais orientais. Me dei de presente uma massagem ayurvédica, que já conhecia porque fiz o curso no Brasil e na Bélgica, e a apliquei em muitas pessoas. No Sri Lanka tive o prazer de me deixar levar pelas mãos mágicas e sábias de um terapeuta local. Acho que poderia ter ficado ali a semana toda me deixando massagear!

emple of the Sacred Tooth Relic (Sri Dalaba Maligawa): aqui se encontra o dente sagrado de Buda.

Kandy é a segunda maior cidade do país, localizada no centro da ilha e com uma altitude elevada. Tem vários templos budistas e no mais importante da ilha se encontra o Dente de Buda. Esta cidade tem uma temperatura relativamente mais fria e é mais úmida, diferente do clima tropical do resto do país, especialmente das regiões costeiras.
O Budismo é a religião predominante no país (cerca de 70% da população) e na cidade de Kandy se encontra o maior centro de missionários budistas. É muito bonito vê-los caminhar por toda cidade com seus saris laranja, com olhares serenos e confiantes, emanando paz em cada esquina.


Templo de Kandy
Danças sagradas
Comprando um Sari: este foi escolhido especialmente para minha amiga Cibele Mello, divino!
Souvenires de batik: o mais conhecido em Kandy. Claro que não podia deixar de importar um, ele agora enfeita nossa casa caiçara.
Grand Hotel Nuwara Ellya, construído na época da colonização britânica, é lindo e aconchegante. 

Era o dia do meu aniversário e as crianças me cantaram parabéns em cingalês. Era também o dia das crianças no Sri Lanka, elas podiam curtir o parque à vontade. Lindinhas e alegres: são felizes com tão pouco!

Há plantações de chá por todos os lados!
 

No jardim do hotel em Kalutara tive meu primeiro contato com os elefantes.

Praia de Kalutara

Tangerine Beach Hotel
Minha dica para quem pensa um dia visitar o Sri Lanka é levar em consideração os períodos de monções. Ou seja, apesar de ser um país tropical, há temporadas de clima instável e tempestades. O período das monções tem muita chuva e forte umidade que podem diminuir o encanto da viagem.
Nós amamos o Sri Lanka e esperamos um dia ainda poder voltar a visitar este lindo país!


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