segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Exposição "A Arte do Ramen Donburi": a beleza dos detalhes


Fãs da estética e da gastronomia japonesa vão se surpreender ao visitarem à Exposição "A Arte do Ramen Donburi", na Japan House, em São Paulo. Mas, antes, vamos à história... O Ramen surgiu na China, no entanto, alcançou fama mesmo no Japão, onde é uma instituição nacional. 


Lamen e Ramem é a mesma comida, a pronúncia é diferente porque os japoneses não pronunciam o L. Talvez você já tenha comido lamem (macarrão instantâneo) muitas vezes, mas depois de visitar a exposição o seu olhar para essa comida será diferente.

A mostra “disseca” (explora de fora para dentro) a comida e a tigela em que ela é servida, com objetivo de revelar a estrutura, a forma e os detalhes desse prato popular.


Essa exploração faz parte do Projeto Anatomia do Design, que teve início no Japão, em 2001, analisando objetos e “espécimes” diferentes. A exposição é dividida em duas partes, uma delas analisa a aparência do ramen, a origem do seu nome e os seus ingredientes, massa e caldo.


Na outra parte da exposição ficam as tigelas onde são servidos os ramen. As tigelas foram criadas por diversos designers, contém símbolos e contam histórias diferentes. Esses objetos são analisados de acordo com a forma, o padrão, o peso, as matérias- primas em com que foram confeccionados.


 “Pensei em decorar a tigela com uma flor de lótus, mas lótus é um pouco bonita demais; tornei a minha flor mais simples para refletir a qualidade e o apelo cotidiano do ramen”, Junya Ishigami.

“Para mim, a semiesfera de uma tigela donburi é como um céu virado de cabeça para baixo, cheio de planetas e constelações”, Yuri Uenishi.

“O vermelho e o dourado são uma combinação sofisticada para uma tigela de ramen”, Hisashi Tenmyouya.

Na seção final da exposição, você poderá conhecer algumas cerâmicas de Mino, região localizada no Vale da Cerâmica, onde são criadas obras de arte únicas até peças utilitárias – todos feitos a partir do solo vital de Mino.

Nesta etapa da visita, pude ver as tigelas coloridas com esmalte de ferro, que variavam do amarelo ao preto profundo.




Também vi as tigelas coloridas com esmalte de cinzas, feito a partir das cinzas de árvores e outras plantas, que dependendo do método da queima podem ser opacos ou transparentes.

 

Esse post abriu o seu apetite? Confesso, que eu adoro Lamem, principalmente no inverno. 
Eu fiquei passeando pela exposição e tentando decidir qual era a tigela mais bonita, me encantei por essa da última foto. 
Achei extremamente delicada, além de possuir as minhas cores preferidas: branco e azul. 

Qual tigela você achou mais bonita? Conta pra mim. 
 


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