No domingo, eu terminei de ler o livro “Tudo de bom vai acontecer”, de Sefi Atta, que fala sobre a amizade feminina e a superação das diferenças étnicas e religiosas na Nigéria.
Após a
leitura, fiquei pensando sobre a importância de ouvir sempre muitas fontes de
informações antes de formar um conceito sobre uma pessoa ou um lugar.
A
escritora nigeriana Chimamanda Adichie, nascida no mesmo país onde se passa a
história desse livro, escreveu sobre o perigo do discurso único e eu assino
embaixo.
Por exemplo,
há algum tempo, eu percebi que tinha uma visão equivocada sobre a África e que
precisava estudar mais sobre esse continente.
As imagens
mostradas na mídia me deixavam confusa e decidi ir atrás de respostas. Não sei
se você reparou, mas as matérias sobre o continente africano
sempre mostram dois extremos.
Existem as
danças, as roupas coloridas, os atletas de alta performance e, do outro lado, crianças esqueléticas, adultos com
AIDS, mulheres mutiladas e impedidas de sentir prazer.
Desde
então, eu tenho lido tudo que chega às minhas mãos sobre a cultura, religião e
os costumes africanos.
E o que
aprendi é que para entender um país ou as pessoas que vivem nele não podemos
julgá-los por seus extremos, precisamos compreender como se comportam no dia a
dia.
Quem já
teve a oportunidade de viajar para outros países também deve ter se
surpreendido com a visão restrita que outros povos têm sobre o Brasil
Eles se
surpreendem quando eu digo que nunca fui ao Carnaval no Rio de Janeiro e uma
vez me perguntaram se onde eu morava tinha muitos macacos e animais selvagens.
Aliás, o
fato de eu não ser mulata e nem ter o corpo curvilíneo também não me ajuda
muito e finjo não perceber os olhares suspeitos sobre mim: - Será que ela é
mesmo brasileira?
Por isso, aprendi:
quem deseja ter LIBERDADE para não se transformar em massa de manobra precisa
ir atrás de conhecimento.
E o
conhecimento nunca tem fim.
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