Todo mundo, alguma vez na vida, já passou por uma fase difícil, quando nada parece dar certo.
O pão cai no chão com o lado da manteiga virado para baixo, o elevador emperra bem na sua vez, o dente quebra na véspera de uma reunião de emprego, enfim, são coisinhas pequenas e até engraçadas, mas quando juntas se transformam num caos.
Eu lembro quando passei por uma fase em que nada parecia dar certo. O meu marido quebrou o tornozelo, a minha filha pegou conjuntivite no segundo dia de aula, quando começava a se adaptar em uma escola nova.
Para engrossar o caldo, após aguardar um ano e, já sem esperança, mudar de mala e cuia para outra cidade, poucos meses depois eu fui chamada para assumir um cargo público na cidade de onde parti.
Com esse e mais 4 outros serviços paralelos, teve um momento em que já nem sabia direito onde estava ou o que estava fazendo, simplesmente segui o fluxo. Ia de um lado ao lado, apagando pequenos incêndios e tentando estar presente em vários lugares.
Eu não sou religiosa, mas acredito que exista algo mais entre o céu e a terra, e que isso se manifeste nos pequenos sinais que a vida nos dá: o meu custou caro, mas foi um preço barato diante do grande aprendizado que tive.
Bem, com tanta coisa ocupando a minha cabeça, acabei não reparando que havia deixado a mala aberta e o meu computador, com todos meus arquivos, levou um tombo feio. Quando olhei o visor quebrado, não agüentei.
Eu me senti injustiçada porque havia trabalhado o máximo que podia, sem tempo para a família e nem mesmo para me olhar no espelho e agora teria que gastar o dinheiro tão suado para consertar um erro provocado por distração.
Esse erro me fez refletir que havia chegado o momento de parar e no Carnaval coloquei em prática o que chamei de terapia de família. Foram cinco dias intensos vivendo com os meus filhos e o meu marido. Dormimos e acordamos juntos. Não viajamos e nem inventamos programas diferentes. Ao contrário, ficamos próximos de tudo que nos importa, ficamos em casa.
Não foi fácil. Nós divergimos e em alguns momentos nos entediamos, mas o importante é que nos redescobrimos. Eu pude observar o jeito dos meus filhos, como eles gesticulam na hora de contar uma história, o jeito com que se posicionam na cama na hora de dormir.
Tem hora que a vida parece que está toda errada, quando na verdade é a gente que está precisando acertar os ponteiros.
Eu acertei os meus. À noite, quando contava histórias para os meus filhos, com um de cada lado, com as cabecinhas bem pertinho do meu peito, eu me senti a pessoa mais rica e feliz do mundo.
Eu aprendi que é importante impor um limite de velocidade a minha vida para não deixar que os acontecimentos me atropelem.
Mas, como ainda estou bem longe da perfeição, resolvi guardar a receita para o caso de recaída: Terapia em Família.
O pão cai no chão com o lado da manteiga virado para baixo, o elevador emperra bem na sua vez, o dente quebra na véspera de uma reunião de emprego, enfim, são coisinhas pequenas e até engraçadas, mas quando juntas se transformam num caos.
Eu lembro quando passei por uma fase em que nada parecia dar certo. O meu marido quebrou o tornozelo, a minha filha pegou conjuntivite no segundo dia de aula, quando começava a se adaptar em uma escola nova.
Para engrossar o caldo, após aguardar um ano e, já sem esperança, mudar de mala e cuia para outra cidade, poucos meses depois eu fui chamada para assumir um cargo público na cidade de onde parti.
Com esse e mais 4 outros serviços paralelos, teve um momento em que já nem sabia direito onde estava ou o que estava fazendo, simplesmente segui o fluxo. Ia de um lado ao lado, apagando pequenos incêndios e tentando estar presente em vários lugares.
Eu não sou religiosa, mas acredito que exista algo mais entre o céu e a terra, e que isso se manifeste nos pequenos sinais que a vida nos dá: o meu custou caro, mas foi um preço barato diante do grande aprendizado que tive.
Bem, com tanta coisa ocupando a minha cabeça, acabei não reparando que havia deixado a mala aberta e o meu computador, com todos meus arquivos, levou um tombo feio. Quando olhei o visor quebrado, não agüentei.
Eu me senti injustiçada porque havia trabalhado o máximo que podia, sem tempo para a família e nem mesmo para me olhar no espelho e agora teria que gastar o dinheiro tão suado para consertar um erro provocado por distração.
Esse erro me fez refletir que havia chegado o momento de parar e no Carnaval coloquei em prática o que chamei de terapia de família. Foram cinco dias intensos vivendo com os meus filhos e o meu marido. Dormimos e acordamos juntos. Não viajamos e nem inventamos programas diferentes. Ao contrário, ficamos próximos de tudo que nos importa, ficamos em casa.
Não foi fácil. Nós divergimos e em alguns momentos nos entediamos, mas o importante é que nos redescobrimos. Eu pude observar o jeito dos meus filhos, como eles gesticulam na hora de contar uma história, o jeito com que se posicionam na cama na hora de dormir.
Tem hora que a vida parece que está toda errada, quando na verdade é a gente que está precisando acertar os ponteiros.
Eu acertei os meus. À noite, quando contava histórias para os meus filhos, com um de cada lado, com as cabecinhas bem pertinho do meu peito, eu me senti a pessoa mais rica e feliz do mundo.
Eu aprendi que é importante impor um limite de velocidade a minha vida para não deixar que os acontecimentos me atropelem.
Mas, como ainda estou bem longe da perfeição, resolvi guardar a receita para o caso de recaída: Terapia em Família.
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