Ela foi caminhar como sempre faz todas as tardes.
Mas, naquele dia algo inesperado aconteceu e o choque foi tanto que o seu coração disparou: Gianecchini em São Sebastião!
Uau! Será que eram os seus olhos ou aquele deus a beleza era mesmo o Gianecchini?
Ela viu quando ele saiu do carro, deu à volta e abriu a porta para a passageira, foi quando o susto quase se transformou em um infarto.
- Não acredito. Como pode esse maravilhoso estar com uma mulher tão feia, com idade para ser a sua mãe?
Não demorou muito para reconhecer que ela também tinha idade para ser a mãe do rapaz. Ops!
A cada novo passo dava uma olhada para o casal, por pouco não tropeçou e caiu com o rosto no chão. – Malditos buracos!
Corrigiu a postura, mas logo encontrou um cantinho reservado e decidiu parar. Isso mesmo, ela parou na rua e viu quando os dois saíram de mãos dadas e sentaram a mesa do restaurante.
Em seguida foi para casa totalmente inconformada com a sua vida.
- Como pode aquela mulher muito mais feia e acabada do que eu estar na companhia daquele gato espetacular, de apenas trinta e poucos anos, enquanto estou tão sozinha!, praguejou baixinho.
Com a cara cada vez mais amarrada, andou pela casa, bateu as portas dos armários e se queixou da arrumação. Onde estava aquele documento que ela tinha colocado logo ali?
Cansada de tanto mau humor, a filha finalmente decidiu perguntar:
- O que você tem?
Era tudo que ela queria.
- O que eu não tenho você quer dizer, né? Falou quase se afogando com as palavras.
E como a menina olhava sem entender, emendou:
- Eu acabo de ver uma mulher mais acabada do que eu e ainda por cima usando um óculos laranja na companhia de um tremendo gato. O que eu tenho? Porque essas coisas não aparecem na minha vida?, perguntou desconsolada
Cada vez mais sem entender, a confusa menina respondeu:
- Vai dizer que agora você quer sair com um garotão?
Ó menina mal educada, egoísta, não via o quanto ela estava sofrendo de solidão? Sim, ela queria aquele garotão e como queria.
Com o pouco de juízo que restava, ela virou as costas sem responder e foi para o quarto, sabendo que seria mais uma noite insone e solitária.
No dia seguinte, encontrou as amigas do trabalho e durante o cafezinho disparou a contar a história:
- O que ela tem que eu não tenho?, voltou a perguntar.
As amigas solidárias dispararam:
- Ela não era a mãe dele, tem certeza?
- Não. Pelo jeito como deram as mãos e trocaram olhares eram mais do que isso.
- Ela deve ter dinheiro, pode ser a chefe dele?
-Não. As roupas eram simples e o cabelo um horror.
- Quem sabe ela é um furacão na cama?
- Eu também tenho os meus encantos, respondeu baixinho.
- Complexo de Édipo, quem sabe?
- Sinceramente, ele não parecia ser esse tipo.
Quando a conversa parecia ter chegado ao fim sem nenhuma conclusão, uma delas fez a última e mais misteriosa pergunta:
- Pode ser amor?
O silêncio ficou no ar.
Elas sabiam que se existe uma coisa que não tem explicação só pode ser o amor.
Ah, o amor... o mais nobre dos sentimentos! O amor não se explica, apenas se sente!!! ;)
ResponderExcluircom certeza, o amor.
ResponderExcluir"Não amamos qualidades, amamos uma pessoa." Amei a história Dani... bjos