Eu tenho a opinião de que existem duas linguagens
universais: a música e o sorriso.
Na primeira, eu sou uma negação. Vinda de família bastante
afinada e amante da música, desde cedo eu fui lembrada da falta desse dom.
Era só começar a cantar para que todos me olhassem como se
eu fosse Carrie, a Estranha.
Ainda tentei quebrar esse estigma entrando para uma banda de
rock, como qualquer garota sonhava em ser vocalista, mas me deixaram no baixo.
E adivinhe? Não consegui dar conta. Saí de fininho
e fui curar as feridas que a falta de ritmo causou no meu coração.
Hoje superei. Arrisco algumas notas, mas sempre
atenta para cantar mais baixo que os outros.
Se a música não é o que tenho para oferecer de melhor, só
restou o sorriso. Eu não economizo sorrisos e até aqui tem dado certo.
Há pouco tempo eu viajei a Paris (FR) e estava preocupada
com a falta de fluência do idioma francês.
Alguns dias antes, eu comprei um dicionário e estudei o
idioma. Também baixei um aplicativo no meu celular, uma espécie de tradutor,
escrito e falado, para emergência.
Ao descer na estação de metrô, em Paris, no bairro onde estava o nosso
hotel, ficamos desorientados e procuramos uma francesa para pedir orientação.
Esse foi o nosso primeiro contato com uma moradora da cidade.
Eu dei aquele sorriso e ela parou. Ok, pode não ter sido apenas o meu sorriso, mas será que ela teria parado se eu estivesse séria ou com a cara amarrada?
O fato é que o meu marido pediu as informações e, para nossa surpresa, enquanto tentávamos nos entender, com gestos e sorrisos, uma outra francesa parou para nos ajudar:
O fato é que o meu marido pediu as informações e, para nossa surpresa, enquanto tentávamos nos entender, com gestos e sorrisos, uma outra francesa parou para nos ajudar:
- Precisam de ajuda?
O nome dela era Sophie. A Sophie nos acompanhou até o hotel para garantir que chegaríamos bem. No dia seguinte, retornou e deixou um bilhetinho com dicas de passeios e o seu e-mail e celular caso precisássemos de ajuda.
O nome dela era Sophie. A Sophie nos acompanhou até o hotel para garantir que chegaríamos bem. No dia seguinte, retornou e deixou um bilhetinho com dicas de passeios e o seu e-mail e celular caso precisássemos de ajuda.
O sorriso também surtiu efeito em outra ocasião. Dessa vez,
eu estava no supermercado e havia comprado alguns itens com desconto. Na hora
de passar no caixa, a funcionária que só falava francês tentou explicar algo
sobre um cartão.
Ao ver que não conseguiríamos nos comunicar, eu apenas sorri e
disse que sentia muito por não falar francês.
Ela simplesmente pediu o cartão emprestado para a moça que
estava atrás de mim, que retribuindo o sorriso, emprestou. Dessa forma, eu pude
ter o tal desconto nas compras.
A vida retribui o que a gente oferece. Sorria!
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