- Daniela, você precisa praticar o desapego e valorizar mais
o espírito do que a matéria.
Para entornar mais o caldo, ela concluiu: - Você não é uma
pessoa feliz. Existe um vazio dentro de você!
Não posso dizer que eu fiquei satisfeita com essas palavras.
Uau! Quantas afirmações para um único dia. Essas frases de impacto me pegaram
em cheio.
Na hora, eu só pude afirmar que era feliz e não me
considerava uma “material girl”.
Quem estava do lado, ouviu a conversa e tentou argumentar
sobre essas afirmações.
- Ela não é feliz por que, quando, aonde?
E quando eu percebi
que a conversava começava há ficar um pouco tensa, achei melhor deixar para lá.
Afinal, se acham que não sou feliz e que sou materialista, o
que eu posso fazer, além de dizer que estão enganados?
Achar todo mundo pode achar alguma coisa. Outro dia ouvi uma
frase que cabe muito bem aqui:
- Se preocupe com o seu caráter e não com a sua reputação. Um
é o que você é e o outro o que pensam de você e isso você não pode evitar.
Mesmo assim, não consegui esquecer essas palavras que
teimavam em ficar pairando na minha mente.
Até que acendeu uma luz:
- Eu estava sendo julgada com base em que referência?
Por exemplo, ao dizer que sou materialista é preciso que a
pessoa se baseie em alguma coisa.
No caso, a minha colega se baseou no fato de eu sentir falta
de um relógio.
Ok, para ela um
relógio é menos que um galho de planta. Portanto, eu sou materialista e
apegada.
Mas, tem gente que sofre por muito menos do que um relógio.
Sofre ao perder uma presilha de cabelo. Se essa pessoa fosse me avaliar, será
que me acharia materialista?
Eu acho que não.
Portanto, tudo depende da referência.
Quem sente fome ou faz dieta (como eu) acharia que o vazio
que sinto no estômago é apenas a falta de comida.
Quem não se priva de nada e ainda sente o vazio no estômago,
pode achar que é falta de felicidade.
Eu não gosto de
julgamentos, pois eu acho cruel dar uma sentença final quando não tenho todas
as referências sobre uma pessoa.
O que a faz agir assim? Ela é assim com todo mundo, em todos
os lugares, com todas as coisas?
Mesmo com a família da gente é difícil chegar a um veredito.
- Você não faz o que eu faço, portanto, não é feliz!
- Você não gosta do que eu gosto, portanto, é cafona!
- Você não come o que eu como, portanto, é gulosa!
Eu prefiro aceitar as pessoas do jeito que elas são.
Dá muito menos trabalho do que tentar procurar por respostas
que não farão a menor diferença.
Algumas pessoas a gente simplesmente gosta do que jeito que
são. Ou não gosta. Simples.
Eu posso aceitar ser chamada de “material girl”, esse título não me
incomoda, e chego a confessar que não sou feliz o tempo todo, principalmente de
manhã, quando preciso acordar cedo no horário de verão, mas não me sinto melhor e
nem pior do que ninguém.
Eu não julgo, mas questiono: - Você pode afirmar que é feliz o tempo todo?
Se a resposta for sim, envie a receita.
Se a resposta for sim, envie a receita.
É minha querida Dani, ser julgada, avaliada e condenada as vezes tudo numa mesma frase é mais comum do que a gente gostaria. Mas vc disse tudo, qdo pergunta qual a referencia do julgamento, esse é o ponto... quem faz essas indelicadesas não questiona, apenas ataca, na maioria das vezes são pessoas amargas que não lidaram bem com os acontecimentos de suas vidas e 'transbordam' rancor contra tudo e todos..ai a referencia delas é o mínimo...o pouco...pouco amor, pouco entendimento e pouca aceitação..e mais, pouca força de vontade de ser melhor, de melhorar, superar e se superar...
ResponderExcluirUma coisa é suuuuper certa, quem te disse isso tudo, não te conhece nem UM POUCO...rsrsrs
Bjkas
Re