Qual a sua cor preferida? E a sua música? Se alguém quiser te agradar com um presente, o que deve comprar?
São perguntas simples, todas deveríamos saber responde-las sem pestanejar.
Mas, ultimamente eu tenho percebido que já não sei todas as respostas.
O que está acontecendo comigo?
Ainda sou nova demais para alegar insanidade. A memória está meio gasta, mas não o suficiente para ter esquecido sobre mim.
Ora, eu me conheço há 38 anos.
Então, o que há?
Quando eu completei 28 anos (Parece que faz tanto tempo...) eu senti algo parecido com isso.
Eu percebi, pela primeira vez, que não teria todo o tempo do mundo e que precisava me posicionar diante da vida.
Eu espichei a vista além de mim. Olhei para o futuro. Senti o que é ser responsável por outras pessoas, não apenas do ponto de vista financeiro, mas emocional.
Não sei bem quando comecei a me cobrar, mas o fato é que isso aconteceu. Eu não poderia errar com elas.
Isso fez com que eu abrisse mão de alguns prazeres individuais, colocando o coletivo como prioridade.
E se estava bom para todos, também estava bom para mim.
Durante um longo tempo isso funcionou, mas hoje, 10 anos depois, eu me pego fazendo algumas perguntas impertinentes:
- Do que eu gosto e do que eu me acostumei a gostar?
Será a crise dos 40 anos que está se aproximando?
Se antes eu precisei olhar além de mim para encontrar o equilíbrio e a felicidade, agora não paro de pensar que preciso fazer o movimento inverso.
Eu tenho algumas amigas que também estão passando por esse momento. Uma delas me contou que fez uma lista das coisas que mais gosta e fez questão de apresentar a família.
Para uma plateia espantada, ela abriu o jogo. Flores: somente rosas vermelhas; Cor Preferida: verde, etc e tal.
- Eu ganhava presentes e, mesmo sem gostar, usava para agradar. Hoje o meu marido diz que estou sofrendo de “sincericídio”. Ela me contou, com um sorriso feliz.
Ao ouvir esse relato, percebi o quanto é provável que outras mulheres estejam fazendo os mesmos questionamentos que eu.
Estamos viajando juntas para dentro dos nossos corações.
Espero que ele aguente as fortes emoções e que a gente chegue aos 50 anos de forma muito mais equilibrada.
Quando casamos, abrimos mão de parte da nossa liberdade em prol da formação da família, isso não quer dizer que devamos abrir mão de nossa personalidade...das nossas escolhas mais simples, das nossas vontades, enfim, ao fazermos isso com certeza para as pessoas que nos conheceram antes, perderemos os brilho, além de não sermos nós mesmas...Adorei...
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