Eu comprei esse livro pela capa, uma menina com mala de viagem e sapatos desgastados em uma rua de terra me deixou curiosa. A história se passa entre os anos de 1854 e 1929, quando os chamados ‘trens dos órfãos” percorriam regularmente cidades da Costa Leste até as fazendas do Meio Oeste dos Estados Unidos, carregando milhares de crianças abandonadas.
“Acredito em fantasmas. São eles que nos
assombram, aqueles que nos deixaram para trás”.
Apesar do
mistério, ela aparece meio deslocada. No entanto, se a ideia é prender o leitor
para que ele não desgrude do livro até entender o sentido da frase, comigo deu
certo.
O livro
conta a história de duas órfãs. Vivian Daly, com 91 anos, e Molly, uma
adolescente problemática.
Para não
acabar em um reformatório, Molly aceita ajudar Vivian a se desfazer de seus
pertences antigos, que estão guardados em um sótão.
Quando as
caixas vão sendo abertas, Vivian vai reconhecendo os objetos que marcaram a sua
vida: um casaco de lã, cartas do seu grande amor, o primeiro livro que
ganhou...
Vivian
conta a Molly sobre a sua infância na Irlanda. Ela conta que sua família era
muito pobre e decidiu se mudar para Nova York em busca de uma nova vida, mas
acabou morta em um incêndio.
Sendo a
única sobrevivente, ela foi levada de trem com dezenas de crianças para serem
oferecidas a famílias que estavam dispostas a adotá-las. No entanto, nem todas
essas famílias queriam um filho ou filha, algumas estavam apenas atrás de mão-
de- obra quase escrava.
Vivian e
Molly descobrem que tem muito em comum, apesar de pertencerem a gerações tão
diferentes. Dessa amizade surgem muitas
surpresas para ambas.
Para contar
esse fato pouco conhecido da história americana, a autora se inspirou em
diversas situações da sua vida, no finalzinho ela detalhe cada uma delas e é
possível entender como o livro foi nascendo, como uma colcha cheia de retalhos.
Eu não vou
contar mais sobre o livro para não perder a graça. Eu quero que você leia.
Lembre-se
que livro bom não é para ficar guardado na prateleira, depois de ler doe a um
amigo.
Assim você
terá mais uma pessoa para conversar sobre o livro.
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