De Albert Espinosa
Atualmente eu estou adorando livros com títulos grandes. Mas,
você não acha mesmo apaixonante um livro com esse título?
É quase como uma súplica: - Me ame, por favor...
O livro foi escrito de uma forma interessante porque não
segue uma ordem cronológica. Cada capítulo conta um pecadinho da história do
personagem, sem obedecer ao critério do tempo.
A sensação é de estar dentro do cérebro de alguém muito
confuso, cheio de recordações e assuntos mal resolvidos. No entanto, tudo é
suave, delicado e cheio de poesia.
Por outro lado, neste emaranhado de ideias, com personagens
entrando e saindo de cena, é possível sentir a tensão por trás das palavras,
alguma coisa que não está sendo dita por inteiro. Um mistério.
O livro conta a história de Dani, um homem que revive os
seus dias de menino em busca de si mesmo.
No mesmo instante em que sua mulher faz as malas para ir
embora de casa, ele recebe o telefonema de um pai desesperado lhe pedindo ajuda
para encontrar o seu filho.
O caso o levará a Capri, aonde virão à tona lembranças da
sua infância e das duas pessoas que mais o marcaram.
Um deles, o sr. Martin, um senhor afetuoso que Dani conheceu
por acaso dentro da enfermaria do hospital quando ainda era criança. Ele
cuidava de faróis e um dia se apaixonou por um manequim de uma vitrine, com
quem dançava toda noite quando a loja estava fechada.
- “Estar vivo é... dar vida. Dar vida aos que o rodeiam”.
Pouco antes de morrer, sr. Martin segredou para Dani as leis
da felicidade: A vida é um jogo, escolha
o seu.
Sempre aposte o que não precisar. Jamais deixe de cumprir, jamais.
“Perder pode ser prazeroso, pois faz com que você entenda melhor o valor de ganhar. Além disso, com o tempo as perdas sempre acabam se convertendo em lucros”.
A outra pessoa que marca a vida de Dani é o forte George, um
senhor que usava uma perna mecânica e carregava consigo um saco de boxe, onde
dentro estavam objetos e roupas das pessoas que ele tinha amado.
O encontro dos dois ocorreu em uma balsa, eles se conheceram
quando Dani resolveu fugir de casa, após perder os pais em um acidente. Sr.
George ensina Dani como “parar o mundo”.
“Parar o mundo é decidir conscientemente que vai sair
dele para se melhorar e melhorá-lo”.
As dicas dele são: Alimentar-se de boa literatura, bom
cinema e da conversa de uma única pessoa que o inspire neste mundo.
“Você quer mover o
mundo ou quer que ele te mova?”, a pergunta instigante de George dá um novo
rumo à vida de Dani.
Mas, não esqueça, entre uma lembrança e outra, Dani está
lidando com a perda da mulher que saiu de casa e à procura de um garoto
desaparecido.
Muita coisa ao mesmo tempo? Sem dúvida, mas a vida não é
mesmo uma loucura..., só que aqui ela tem poesia.
Se você me chamar eu largo tudo... mas por favor me chame já
vendeu mais de 1 milhão de cópias, é um livro cheio de delicadezas que
permanece junto com a gente muito depois de ter virado a última página.
Ele: “Não posso viver sem você”
Ela respondeu: “Claro que pode...”
Ele: “Sim, mas não quero...”
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