Poucos dias após a eleição e decidi descontrair um pouco.
Eu estava na fila do supermercado e um amigo das antigas me questionou sobre o motivo porque eu não tinha me candidatado ao cargo de vereadora ou prefeita (É sério, juro! Kkk)
Na hora eu respondi que não levava o menor jeito para a política. Cruz credo! Tá louco! Porque eu faria isso com a minha família?
Mas, passado o susto, eu perguntei para mim mesma: - Afinal, porque não? E, após uma reflexão profunda e que durou apenas alguns segundos, eu percebi tudo.
O fato é que não consigo compreender muito bem o universo da política. Todas as vezes que cheguei perto disso, a realidade sempre foi além da minha imaginação.
Mas, não é só isso. Eu me conheço o suficiente para saber que nada seria mais surreal do que eu no poderrrrrr. Eu me transformaria em uma piada, seria classificada como uma romântica, um caso perdido.
O que você pensaria se eu dissesse que a minha primeira medida seria encontrar um “partido” que fosse “inteiro”? Nunca gostei de algo pela metade. Se for pra ser que seja por inteiro.
Inteiro de gente boa.
E se depois eu colocasse em prática alguns projetos super “fundamentais” para a felicidade de outros românticos como eu e talvez você, como destinar uma verba aos moradores para que pintassem os muros de suas casas (e porque não as suas vidas?) com poesias e imagens bonitas para tornar a nossa cidade mais encantadora?
Nas praças, eu mandaria instalar alto-falantes onde só seriam transmitidas notícias boas e inspiradoras, que promovessem a paz, a união e incentivassem as pessoas a realizarem os seus sonhos.
Ah! Eu enfeitaria as árvores com pisca – pisca para que à noite às pessoas se sentissem mais próximas das estrelas e ficassem com vontade de namorar.
Às vezes as estrelas estão muito altas ou apagadas, mas as luzinhas sempre estariam piscando servindo como pequenas faíscas para acender a paixão entre os casais.
Quase posso vê-los sentados embaixo dessas árvores com os corações iluminados, trocando beijos longos e apaixonados.
Ah! O amor... Eu faria uma lei onde o prefeito da cidade seria escolhido entre aqueles que demonstrassem maior capacidade para amar. Amar o próximo!
O amor se sentindo prestigiado em nossa cidade ficaria ainda mais confiante para entrar no coração de todas as pessoas, sem medo de ser rejeitado ou ignorado.
Transformaríamos as relações hoje baseadas em interesse próprio nos colocando um no lugar do outro e viveríamos em um sistema de governo colaborativo.
E a saúde, educação e segurança?
Ora, quem ama não adoece.
Ensinaríamos as pessoas que de todos os sentimentos o amor é o mais importante.
Segurança? Sempre que algo nos ameaçasse seguraríamos uns nas mãos dos outros e formaríamos uma corrente bem forte para nos proteger de todo o mal.
Mas, caso um forasteiro chegasse desavisado e cometesse o desvario de querer cortar essa corrente, nós o receberíamos com o dobro de amor. Porque somente o amor transforma.
Nos finais de semana, os eventos mais concorridos da cidade seriam: plantar árvores, soltar bolinhas de sabão com as crianças, brincar de encontrar conchinhas e construir castelos nas areias das praias. Seríamos muitos! Seríamos tantos!
Ó talvez eu devesse concorrer a uma vaga no hospício onde seria eleita a mais louca entre as loucas.
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