Há alguns dias, eu recebi o convite de uma escola para conversar com os alunos sobre a importância da escrita.
Recebi o convite porque estava prestes a lançar o meu primeiro livro de crônicas e os diretores acharam que eu poderia inspirar os alunos a escreverem e a lerem mais.
Com um frio na barriga, topei o desafio. Entre uma frase e outra, eu comentei com os alunos que a escrita me ajudava a compreender o mundo e também me compreender.
- Quando eu sinto um vazio dentro de mim e não consigo entender porque estou assim, me sentindo triste quando deveria estar feliz com a minha vida, eu escrevo para colocar ordem nos meus pensamentos.
Eu pude ver nos olhos dos alunos que isso de alguma forma fazia sentido para eles.
Com a sala em silêncio, continuei...
- Então, ao escrever eu consigo coordenar os meus pensamentos e perceber o que está me incomodando. Algumas vezes, percebo que é apenas o meu ego gritando por luzes, flashes e purpurinas, mas pode ser mais complicado, como uma tristeza, frustração e até a saudade de alguém, que eu ainda não superei e vem à tona por causa de um comentário, o sabor de uma comida ou o cheiro de um perfume...
Você pode achar que esse papo existencial é um pouco demais para falar em sala de aula, mas eu estava disposta a arriscar porque acredito que é importante falar sobre os nossos sentimentos.
Muita gente sofre calada ou se entope de remédios porque tem vergonha de admitir que não se sente feliz, quando “aparentemente” não lhe falta nada.
É importante saber que mais pessoas compartilham deste sentimento e sentir isso não é errado, não é nenhum tipo de pecado, Deus não vai te castigar por ser ingrato e coisa e tal.
Se fosse assim, metade ou mais da humanidade da terra estaria em maus lençóis.
Após a minha palestra, um dos alunos me procurou para perguntar o que eu quis dizer quando falei sobre o “vazio” que eu sentia.
- Sabe quando a vida está tranqüila, tudo aparentemente no seu lugar, escola está ok, família também ok, saúde super ok..., mesmo assim você não se sente feliz?
- Eu sei, também sinto isso. Ele respondeu.
Pude ver em seus olhos que ele sabia mesmo, mas a nossa conversa não durou tempo suficiente para que eu pudesse compreender o que estava acontecendo com aquele jovem.
Talvez pudesse ser algo simples, uma tristeza passageira... ou não.
Engana- se quem pensa que as crianças e jovens possuem sentimentos diferentes dos adultos.
Escrever faz com que eu olhe para dentro de mim e compreenda os meus sentimentos. Passo a olhar o mundo de uma forma mais equilibrada.
As palavras me ajudam a lidar com as minhas loucuras e neuroses. São minhas pílulas da alegria e minhas doses diárias de paz.
Talvez você não compreenda o que eu escrevo.
Mas, se o que eu escrevi tocou o seu coração e fez algum sentindo, espero ter feito você se sentir melhor por saber que não é o único a ter esse tipo de sentimento.
Existem pessoas que sentem tudo intensamente até quando não sentem nada. E tudo bem ser assim.
Eu pude ver nos olhos dos alunos que isso de alguma forma fazia sentido para eles.
Com a sala em silêncio, continuei...
- Então, ao escrever eu consigo coordenar os meus pensamentos e perceber o que está me incomodando. Algumas vezes, percebo que é apenas o meu ego gritando por luzes, flashes e purpurinas, mas pode ser mais complicado, como uma tristeza, frustração e até a saudade de alguém, que eu ainda não superei e vem à tona por causa de um comentário, o sabor de uma comida ou o cheiro de um perfume...
Você pode achar que esse papo existencial é um pouco demais para falar em sala de aula, mas eu estava disposta a arriscar porque acredito que é importante falar sobre os nossos sentimentos.
Muita gente sofre calada ou se entope de remédios porque tem vergonha de admitir que não se sente feliz, quando “aparentemente” não lhe falta nada.
É importante saber que mais pessoas compartilham deste sentimento e sentir isso não é errado, não é nenhum tipo de pecado, Deus não vai te castigar por ser ingrato e coisa e tal.
Se fosse assim, metade ou mais da humanidade da terra estaria em maus lençóis.
Após a minha palestra, um dos alunos me procurou para perguntar o que eu quis dizer quando falei sobre o “vazio” que eu sentia.
- Sabe quando a vida está tranqüila, tudo aparentemente no seu lugar, escola está ok, família também ok, saúde super ok..., mesmo assim você não se sente feliz?
- Eu sei, também sinto isso. Ele respondeu.
Pude ver em seus olhos que ele sabia mesmo, mas a nossa conversa não durou tempo suficiente para que eu pudesse compreender o que estava acontecendo com aquele jovem.
Talvez pudesse ser algo simples, uma tristeza passageira... ou não.
Engana- se quem pensa que as crianças e jovens possuem sentimentos diferentes dos adultos.
Escrever faz com que eu olhe para dentro de mim e compreenda os meus sentimentos. Passo a olhar o mundo de uma forma mais equilibrada.
As palavras me ajudam a lidar com as minhas loucuras e neuroses. São minhas pílulas da alegria e minhas doses diárias de paz.
Talvez você não compreenda o que eu escrevo.
Mas, se o que eu escrevi tocou o seu coração e fez algum sentindo, espero ter feito você se sentir melhor por saber que não é o único a ter esse tipo de sentimento.
Existem pessoas que sentem tudo intensamente até quando não sentem nada. E tudo bem ser assim.
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