De todos os defeitos que uma pessoa pode ter, o pior deles é se mostrar superior com quem está em posição de desvantagem e não tem como se defender. Se aproveitar de um cargo político, por exemplo, para ofender, humilhar ou ignorar um funcionário, alguém que busca auxílio ou apenas quer ser ouvido.
Nos meus anos de profissão na vida pública, eu já vi cenas de fazer doer o coração.
Pessoas
tomando “chá de cadeira”, horas e horas numa sala de espera, sem receber
nenhuma explicação.
O pior
mesmo foi presenciar homens, com idade do meu pai, tomando broncas na frente de
um bando de idiotas, fofoqueiros, que transformaram isso em piada de bar.
Eu também
já passei por situações complicadas, em que me senti desrespeitada e sem nenhum
valor.
Quando se
trabalha num ambiente onde o poder desperta o melhor e o pior das pessoas é
impossível passar ileso.
No
entanto, guardo também boas lembranças. Já tive chefes políticos com corações
bondosos e humildes, com quem tive a alegria de conviver.
Essas
pessoas existem e possuem algo em comum: a GENTILEZA com que tratam as pessoas,
sem fazer nenhuma distinção.
Eles me
ensinaram que o significado da palavra gentileza não consiste em dizer sempre
sim, concordar com tudo, sorrir, dar tapinhas nas costas e beijinhos no rosto.
Mas, estar
disposto a ouvir o outro com atenção, sem ficar olhando para o celular ou
interrompendo, e emitir opinião se colocando no lugar de quem vai recebê-la.
A
gentileza não é um estado de espírito ou um dom com o qual nascemos. Ela pode
ser aprendida e se fortalece, ganha corpo, conforme praticada no dia-a-dia.
Quem
pratica a gentileza, deixa a alma mais bonita, o resto é consequência.
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