segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Conhecimento é Liberdade

No domingo, eu terminei de ler o livro “Tudo de bom vai acontecer”, de Sefi Atta, que fala sobre a amizade feminina e a superação das diferenças étnicas e religiosas na Nigéria.

Após a leitura, fiquei pensando sobre a importância de ouvir sempre muitas fontes de informações antes de formar um conceito sobre uma pessoa ou um lugar.

A escritora nigeriana Chimamanda Adichie, nascida no mesmo país onde se passa a história desse livro, escreveu sobre o perigo do discurso único e eu assino embaixo. 

Por exemplo, há algum tempo, eu percebi que tinha uma visão equivocada sobre a África e que precisava estudar mais sobre esse continente.

As imagens mostradas na mídia me deixavam confusa e decidi ir atrás de respostas. Não sei se você reparou, mas as matérias sobre o continente africano sempre  mostram dois extremos.

Existem as danças, as roupas coloridas, os atletas de alta performance e, do outro lado, crianças esqueléticas, adultos com AIDS, mulheres mutiladas e impedidas de sentir prazer. 

Desde então, eu tenho lido tudo que chega às minhas mãos sobre a cultura, religião e os costumes africanos. 

E o que aprendi é que para entender um país ou as pessoas que vivem nele não podemos julgá-los por seus extremos, precisamos compreender como se comportam no dia a dia.  

Quem já teve a oportunidade de viajar para outros países também deve ter se surpreendido com a visão restrita que outros povos têm sobre o Brasil 

Eles se surpreendem quando eu digo que nunca fui ao Carnaval no Rio de Janeiro e uma vez me perguntaram se onde eu morava tinha muitos macacos e animais selvagens.   

Aliás, o fato de eu não ser mulata e nem ter o corpo curvilíneo também não me ajuda muito e finjo não perceber os olhares suspeitos sobre mim: - Será que ela é mesmo brasileira?

Por isso, aprendi: quem deseja ter LIBERDADE para não se transformar em massa de manobra precisa ir atrás de conhecimento.

E o conhecimento nunca tem fim. 

 

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