quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Trilha de Emoção

Cascating - Foto: Celso Moraes


Era por volta das 17h, final de expediente.
O dia havia começado bem cedo, saí do centro de São Sebastião com destino a costa sul, com várias pautas para cumprir.
Entre elas, duas matérias de comportamento na praia, passeio divertido para a família, gastronomia e o tão aguardado esporte radical.
O esporte radical ficou para o fim do dia porque tería que entrar na água e não quería passar o dia inteiro com a roupa molhada.
Finalmente estava em Boiçucanga para mais uma aventura: cascating na cachoeira Samambaiaçú.
O grupo formado por mim, o Celsinho (fotógrafo), monitor Leandro Saade Sampaio, sua esposa e filha Pietra, de 8 anos, seguiu direto para a trilha do Ribeirão do Itú.
A pressa em fazer o passeio ainda com o dia claro, por causa da fotos, teve o seu preço.
Ao atravessar o rio para chegar ao início da trilha da cachoeira, o Celsinho esqueceu que estava com o celular no bolso e quando descobriu já era tarde: prejuízo!
Não teve tempo para lamentações.
Para chegar até o local percorremos uma trilha na mata fechada por cerca de 40 minutos, que exigiu um certo esforço físico. No caminho, é preciso passar por cima de troncos de árvores, se espremer para não cair em ribanceiras e ter bastante atenção para evitar escorregar no terreno úmido. Além disso, é preciso atravessar pequenos riachos.
O esforço compensa. A cachoeira Samambaiaçu é a segunda queda d’água do complexo conhecido como Ribeiro do Itu. Quem gosta de praticar esporte radical, como o cascating, prefere ir até esse lugar por ser mais tranqüilo, com poucos turistas.
A cachoeira parece um véu de noiva, de 30 metros de altura, que desce até formar uma piscina de água natural, super gelada, que parece um sonho depois da caminhada na trilha.
Apesar da altura, a descida na cachoeira não é tão arriscada por causa do seu formato e dá para fazer o passeio com toda a família, inclusive as crianças.
A menina Pietra Martins, de 8 anos, resolveu deixar o medo de lado para descer a cachoeira Samambaiaçu e gostou da aventura.
Não foi dessa vez que eu tive coragem para descer a cachoeira.
Enquanto o Celso fazia as fotos, resolvi tomar um banho na piscina natural e... – Meu Deus, acho que é uma cobra!!!
Gente, eu tomei um dos maiores sustos a minha vida. Confundi um pedaço de cipó que encostou a minha perna com uma cobra.
Nem lembro como saí da água, mas depois disso fiquei na espreita, só observando. É... foi um final de tarde cheio de emoções!

Cascating - O cascating ainda não é considerado um esporte. A técnica surgiu por acaso. No início do século, alguns estudiosos procuravam cavernas nos cânions dos Pirineus - uma cadeia de montanhas que separa o norte da Espanha do sul da França - por entre rios e desfiladeiros, sem imaginar que estavam criando mais um esporte.
Conhecido como "alpinismo em cachoeira", o cascating reúne técnicas da escalada. Com uma corda presa num ponto de segurança (uma árvore, uma rocha ou uma parede), a pessoa desce o leito de um cânion, vencendo cachoeiras, em um ângulo de 90º.
Os equipamentos básicos utilizados na prática são: cabos de fibras sintéticas, cadeirinha de fita tubular, freio oito, mosquetão com trava, luvas e capacete.

Contato - Nesta temporada está sendo muito grande o número de pessoas que deseja fazer o cascating. O especialista em técnicas verticais e monitor do Green Way, Leandro Saade Sampaio, leva para fazer o passeio, com agendamento. O preço é R$ 60/ por pessoa. Mínimo de 4 pessoas por grupo. O telefone para contato é (12) 7818- 5925.

Outras opções: Secretaria Municipal de Turismo – (12) 3892- 2620 (Não sei se inclui o cascating no passeio, acho que não).



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