Depois das metáforas pesadas e das histórias tensas do
barroco, vamos respirar o ar leve dessa manhã, sonhando com uma semana doce e
amorosa.
Vamos então “rococozar”?
Mas, o que significa isso. Bem, eu acabei de inventar essa
palavra. Como inventora, eu ganhei o direito de também sugerir o seu
significado.
“Rococozar” significa flutuar sem compromisso por alamedas
verdes, suspirar pelo amor delicado, valsar no campo e nos magníficos salões de
bailes dos castelos.
Uma mistura irresistível de elegância, charme, graça e erotismo
divertido que é encontrado nas obras de arte em estilo rococó.
Pinturas de jovens em
balanços eram comuns no estilo rococó. O balanço representa a inconstância e é
o meio ideal para se retratar a infidelidade marital. O marido parece
controlá-lo com duas cordas. Repare no sapato rosa que sai voando pelo ar, ele
resume bem a atmosfera de flerte da tela. A amante também levanta a saia para
que o amante possa ver suas pernas. Obra de Jean- Honoré Fragonard.
A palavra rococó é uma fusão bem humorada de “rocaille”, um estilo
extravagante de enfeites com pedras usados em fontes, e “barroco”, palavra
italiana que deu origem ao barroco.
Para os artistas dessa época, o estilo representa a
degradação óbvia e cômica do barroco. Os personagens dessas obras aparecem com
vestimenta exagerada, ou então aparece um quê de fantasia no acontecimento.
Obra de François
Boucher, que fez sucesso pintando cenas nos quais os pastores podem ignorar o
trabalho e se divertir com suas namoradas em campos ensolarados.
A falta de um conteúdo sério era uma das principais críticas
feitas contra a arte rococó, o que era inevitável já que as obras tinham um
estilo decorativo. Uma grande apreciadora dessa arte foi Madame de Pompadour, a
cortesã francesa que foi amante do Rei Luís XV de França.
Esse quadro “Peregrinação
à ilha de Citera”, de Jean- Antoine Watteau, retrata um grupo de jovens em
viagem a ilha associada à Afrodite, a deusa do amor, fez tanto sucesso que um
ano depois o artista pintou uma segunda versão.
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