Há muito tempo alguém disse que religião, política e futebol não se discutem porque dá briga. A esse trio polêmico acho que podemos acrescentar também o sexo.
Hoje eu estou meio saudosista e lembrando o passado. Neste instante eu lembrei aquela música “Minha Alma”, do Rappa, quando diz: Qual a paz que eu não quero conservar para tentar ser feliz?
Mas, vamos voltar aos assuntos polêmicos. Falar sobre sexo sempre foi tabu e, por isso mesmo, nos tempos dos nossos avós era discutido em voz baixa, entre quatro paredes (às vezes ousavam um pouquinho mais, heim?).
Mas, os tempos são outros e acredito que todos concordam que estamos na era da superexposição, não é gente?
Hoje, o sujeito vai ao banheiro e avisa os amigos no facebook, vai jantar e posta à foto do prato, vai correr e mostra a foto do tênis. Tudo está revelado.
E porque não tratar o sexo com a mesma naturalidade?
Por isso, vou ousar ir contra o ditado acima e modifica-lo: Religião, política, futebol e sexo se discutem, mas não se misturam. Com uma exceção, quando for para garantir o direito de escolha do cidadão.
Eu entendo que é possível discutir todos os assuntos sabendo que a razão estará sempre ao lado daquele que tem a sabedoria para entender que não sabe tudo.
Também é preciso delicadeza para respeitar os limites do bom senso e cuidado para não correr o risco de querer simplificar demais, com julgamentos precipitados, porque o ser humano não é simples.
O Criador fez cada pessoa de um jeito único e especial (e foram tantas pessoas...) e tenho certeza que não pensou em simplificar quando estava criando.
Ao contrário, eu acredito que em algum momento ele estava testando se os nossos corações funcionavam perfeitamente. Não digo do ponto de vista técnico, mas poético.
Estou falando da capacidade dos nossos corações de amar as pessoas do jeito que elas são sem querer transformá-las ou adaptá-las. Porque amar quem se parece com a gente é fácil, o difícil e, por isso mesmo, divino, é amar aqueles que são diferentes.
Eu pergunto: será que passamos neste teste?
Um fato incontestável é que todos querem ser amados e aceitos, mas nem todos estão dispostos a amar e aceitar acima de tudo. Queremos receber amor, mas somos bastante econômicos ao demonstrar os nossos sentimentos.
E, meus amigos, o amor é o sentimento maior e o mais importante. A falta desse sentimento é a razão do preconceito e da intolerância. Se pudéssemos apenas amar acima de qualquer coisa, seríamos muito felizes.
Mas, hoje eu questiono se isso será possível algum dia. Às vezes aparece alguém tão seguro do que é certo e errado, mas ninguém ainda descobriu o caminho que a humanidade deve seguir para encontrar a paz. Será que algum cientista está trabalhando nessa fórmula?
Enquanto torcemos para que uma fórmula mágica modifique o coração das pessoas para melhor, eu sugiro que nós sigamos com as nossas vidas, aceitando que nunca seremos amados por todos.
E, se você escolheu um estilo de vida que não se encaixa com a da maioria, as chances de que isso ocorra será ainda menor.
O homem subiu até a lua, viu a terra lá de cima de muitos ângulos diferentes e ficou maravilhado. Mas, ainda não consegue olhar para outro ser humano com a mesma pureza no coração.
Mas, isso é motivo para ser triste? Para desistir das suas escolhas e se encolher embaixo do edredom a não ser que seja com uma boa companhia?
Claro que não. Tem outro ditado que diz (eu e os meus baús!): (Por enquanto) Toda unanimidade é burra!
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