Eu sei que muita gente conhece o escritor Gabriel García Márquez através do seu livro “Cem Anos de Solidão”, uma das obras mais lidas e traduzidas em todo mundo.
Eu já tenho um amigo que até decorou o primeiro parágrafo e o recita com total admiração. “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo”.
Mas, mesmo achando esse começo lindo, eu não me animava a ler Garcia Márquez ou Gabo, como é chamado pelos fãs, por não gostar desse tipo de literatura, chamada “realismo fantástico”.
No entanto, uma amiga insistiu que eu devia ler “O amor nos tempos do cólera” e agradeço a ela por isso. É um dos meus livros preferidos até hoje e olha que eu leio muito.
Conta a história de um jovem telegrafista, violinista e poeta, Gabriel Elígio Garciá, que se apaixonou por Luiza Márquez.
O pai da moça, coronel Nicolas, para impedir o romance envia a filha ao interior numa viagem de um ano.
A história do livro é real, inspirada no romance dos pais do escritor e começou a ser escrita em 1984, em Cartagena de las Índias, ao final do ano sabático que García Márquez se concedeu após receber o Prêmio Nobel.
Ali, o autor recolheu alguns dos episódios contados no
livro, como a epidemia de cólera que assolou a cidade no final do século XIX ou
o naufrágio do galeão espanhol San Jose, carregado de jóias.
“O amor nos tempos do cólera” é uma belíssima história e, nesses tempos pandêmicos, também uma inspiração.
Quando há vontade de estar junto arruma-se um jeito, seja através de cartas, telefonemas ou vídeo, enfim...
Se o personagem Gabriel montou uma rede de comunicação que
alcançava Luiza onde ela estivesse, quando ainda não existia celular ou
internet, imagina agora que temos tudo isso.
Agora, mais do que nunca, precisamos espalhar amor.
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