Antes de sair de casa, eu caminhei até a horta e colhi alguns galhos de hortelã. Geralmente, saio de casa para o trabalho atrasada, pensando no tempo que vou ficar parada no trânsito e nas tarefas que terei que realizar. Mas, hoje, foi diferente.
Sem pensar no que estava fazendo, deixei que os
meus pés me levassem até a horta, onde escolhi os galhos de hortelã e, antes de
sair, amassei algumas folhinhas para sentir o perfume delas em minhas mãos.
Da porta de casa até a horta não devo ter dado mais
do que 10 passos, um caminho que percorri em poucos segundos antes de entrar no
carro e seguir para mais um dia de trabalho.
No caminho, o aroma da hortelã tomou conta do
carro, respirei fundo e, quando o trânsito parou, olhei pela janela e vi o mar.
Quando cheguei ao trabalho, fiz um chá de hortelã e
servi para os meus colegas. Isso gerou alguns minutos de uma boa conversa, uma
pausa diferente na rotina.
Obrigada, ao inesperado, aos acasos, às coisas que
não tem sentido, à mente vazia, aos poetas e aos meus pés que me levam para o
lado bom da vida.
PS: Não sei se você acredita em sinais como eu, mas
ao chegar à minha casa encontrei as flores brancas e perfumadas de Madressilva abertas,
2023 promete ser lindo e cheio de boas novidades.
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